Universidade Nova e a Nova Universidade

       

      Com a expansão do ensino superior como modelo de políticas públicas, a universidade pública caminhou para o que chamamos de democratização da educação superior. Através da criação de vários campus e campis em todas as regiões do Brasil, tornou-se possível o acesso de pessoas das classes sociais menos favorecidas e das minorias, sejam raciais, étnicas ou de gênero, a uma formação acadêmica, no tocante à graduação, pós, mestrado e doutorado.

        Além disso, programas e sistemas desenvolvidos pelo Ministério da Educação, a partir de 2004, como o PROUNI (Programa Univerdade para Todos), SISU (Sistema de Seleção Unificada), FIES (Financiamento Estudantil) e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), trouxeram com eles possibilidades como a inclusão social, a integração regional, uma mitigação da desigualdade social e qualificação, gerando assim uma democratização desse acesso.

        Em vista disso, a região sul da Bahia ganha um novo espaço de ensino superior: o campus Jorge Amado da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Itabuna. Mais que uma nova universidade, temos uma universidade nova que, através de uma metodologia inovadora e um corpo docente de ponta, busca lançar um novo olhar sobre o ensino superior regional.

    Trazendo à tona essa nova forma de ofertar cursos, a UFSB transpassa e rompe o tradicionalismo que impera no ensino superior, até mesmo nacional. Os cursos de Ciclo I, como por exemplo o Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, funciona como uma espécie de imersão acadêmica em todas as áreas intrínsecas às disciplinas de humanas de uma maneira geral. Já o Ciclo II, é um recorte específico dentro das humanidades, igualando, apenas nesse momento, àquilo que é oferecido em universidades tradicionais.

        Desta forma, o discente da UFSB chega ao final da sua graduação com uma gama de conhecimento mais ampla e abrangente, tendo transitado entre inúmeras particularidades dentro do eixo que se propunha. As duas principais vantagens que enxergo nesse novo modelo de ensino superior são:

  • A possibilidade de se conhecer tudo o que é referente às várias ciências, dentro daquilo que é esperado pelo discente, gera um plus de conhecimento, que abarca não só olhares específicos da ciência, como também a forma de inserção da mesma na sociedade;
  • Nesse modelo, o discente têm uma maior assertividade de escolha do recorte escolhido para ser estudado em sua graduação. 

        Sendo assim, a UFSB traz com ela o poder da inovação, apresentando um modelo que pouco se parece com o que está presente no ensino superior regional, somando com o cenário atual da universidade pública no Brasil.

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